Luis Maia

Luis Alberto Coelho Rebelo Maia é Licenciado em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade do Minho, Mestre em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Lisboa, Doutorado em Neuropsicologia pela Universidade de Salamanca, Especialista em Neuropsicologia e Psicobiologia pela Universidade de Salamanca e Pós-Doutorado em Ciências Médico-Legais pelo Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar.
É docente universitário na Universidade da Beira Interior, no Departamento de Psicologia e Educação, onde lecciona nas áreas das neurociências, metodologias de avaliação e intervenção psicológica e psicologia do desporto.
É também terapeuta com consultório próprio na Cidade da Covilhã, onde exerce a sua função de neuropsicólogo e psicólogo clínico, abrangendo diversas áreas da avaliação e intervenção psicológica. Está registado na Ordem dos Psicólogos Portugueses, com Título de Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Especialista em Neuropsicologia.
Autor de mais de duas dezenas de livros, conta com alguns best sellers, nomeadamente as obras “Educar Sem Bater”, “E tudo Começa no Berço”, “A psicologia do verbo amar e o erradicar da negligência”, “Violência Doméstica e Crimes Sexuais”, e ainda “Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica”.
É ainda autor de centenas de artigos científicos publicados nacional e internacionalmente, tendo sido galardoado com cerca de uma dezena de prémios de mérito nacionais e internacionais pelos seus trabalhos e desempenho no campo da psicologia.

  • Urrra. Viva as férias! E depois disso???? O peso do processo educativo contínuo

    Urrra. Viva as férias! E depois disso???? O peso do processo educativo contínuo

    No que concerne ao nosso relacionamento com os filhos, é muito importante centrarmos a atenção num ponto particular: a relação do papel dos filhos enquanto membros de uma família e enquanto alunos, com responsabilidades com o seu futuro académico / profissional. Todos os anos passamos por aquela altura de fim de aulas ou regresso a mais um ano académico e também do retomar das actividades laborais. Em muitos casos, com o retorno ao ano académico, o aluno vê-se mais uma vez entregue a si próprio na tentativa de fazer face a mais um ano de estudos e de trabalho a que por vezes sente efectivas dificuldades. Se puder, hoje, quando estiver com os seus filhos, dê-lhes carinho e mimo, pois a vida já é suficientemente dura, e uma criança ou adolescente tem tempo de sobra para lidar com as suas dificuldades académicas. A vida é assim, obriga-nos a crescer. Até lá, e por enquanto, sugiro apenas isto, mime muito o seu filho, pois quando ele for adulto, provavelmente, o mimo desinteressado de alguém que de facto gosta de nós, já não será assim tão frequente. ler artigo

  • Tirania psicológica das minorias

    Tirania psicológica das minorias

    Do ponto de vista psicológico, a capacidade de adaptação humana e as formas diferenciadas de pensamento e comportamento são fundamentais para uma socialização mais adaptada, proativa e democrática. Já Piaget punha em grande destaque a forma como as crianças, e futuros adultos, vão apreendendo a informação do mundo. Junto com outros autores, sabemos que, dos seus postulados, resulta que alguns de nós afirmamo-nos como entidades psicológicas mais conformistas, outros mais neutros e outros mais revolucionários. Neste artigo apresenta-se uma pequena reflexão, com base em exemplos concretos do dia a dia, bem como, nesse processo de adaptação mental, o efeito de pensamentos minoritários tende a ser cada vez mais usual no que respeita ao seu impacto no pensamento de cada ser individual, mas também de grupos maioritários, da forma como a vida dos hábitos e costumes é determinada. A capacidade de desenvolvimento de cada um ter estratégias psicológicas para lidar com esta problemática é aqui discutida. ler artigo

  • A maior falácia que impingimos aos outros: "somos todos iguais"! - A psicologia da diferença

    A maior falácia que impingimos aos outros: "somos todos iguais"! - A psicologia da diferença

    Dou por mim a pensar no quanto somos fracos para aceitar algo que a maioria das pessoas parece sentir, mas não tem a coragem de aceitar: quase todos nos achamos especiais e diferentes, e não queremos ser iguais “aos outros”, mas temos medo de declarar de viva voz. Tenho visto inclusivamente que esse tem sido um dos principais fatores que levam ao sofrimento psicológico de centenas de crianças - jovens (e até adultos) que procuram ajuda psicológica. Como psicólogo, cada um dos meus utentes sabe que procuro ajudá-los a sentirem-se fortes e realizados e a interiorizar que a pessoa mais importante do seu mundo deveria ser ela própria, única, incomparável, especial. Se a pessoa estiver bem, então poderá espalhar o bem a todos à sua volta (e isso não é sinal de egoísmo, mas sim de responsabilidade para consigo e para com os que ama). ler artigo

  • Liberdade psicológica individual (?) - A estúpida raiz do preconceito e do estereótipo!

    Liberdade psicológica individual (?) - A estúpida raiz do preconceito e do estereótipo!

    O tema da liberdade individual é sempre para mim algo bastante importante. Serão as nossas ações diárias completamente livres, completamente dependentes da nossa vontade? Gostaria hoje de falar acerca das tomadas de decisão que, por vezes, consideramos ocorrerem com todo o nosso livre arbítrio. Mas para que o tema da liberdade não seja abordado apenas de forma filosófica, gostava de descrever uma experiência científica estonteante. ler artigo

  • A psicologia liberta-nos, para sermos felizes, e não nos prende “ao olhar do chefe”!

    A psicologia liberta-nos, para sermos felizes, e não nos prende “ao olhar do chefe”!

    Tem-me ocorrido ao longo dos vários anos de intervenção psicoterapêutica junto a várias populações de utentes um tema bastante divulgado e propagandeado: a ideia que se qualquer um de nós fizer um esforço, tomar as atitudes correctas, orientar a sua vida de forma estável e consciente, então a felicidade individual estaria quase que assegurada, e os momentos de maior fragilidade ou de tristeza seriam apenas isso, apenas pequenos momentos. Ora, o que parece ocorrer na maioria de nós é algo um pouco diferente. A maioria de nós parece travar uma batalha consigo próprio para que essa busca pela felicidade seja uma constante, mas parece-me, apenas até uma certa altura da vida. Depois, com o tempo, com as experiências, as dificuldades vão-se acumulando e vamos percebendo que viver é uma tarefa árdua, e que por vezes mesmo, apenas em determinados momentos ou fases da nossa vida, é que nos sentimos efectivamente felizes e realizados. ler artigo

  • Uma ode aos pais que nunca desistem dos seus filhos, mesmo que, apesar de todas as ofensas, continuem a teimar em dizer: amo-te filho!

    Uma ode aos pais que nunca desistem dos seus filhos, mesmo que, apesar de todas as ofensas, continuem a teimar em dizer: amo-te filho!

    Há milhares de variáveis a contribuírem para o facto de as práticas educativas dos pais parecerem cada vez mais estar associadas a algum processo de sofrimento atroz pois, tal como ao longo de toda a história da humanidade, os filhos estão de facto a levar os pais a níveis exacerbados de exigências para que se possa educar bem, de forma construtiva, e por forma a que todos estejam calmos e minimamente felizes com o papel de pai e filho. Precisamos mudar imediatamente as coisas! Todavia, abjeto e rejeito completamente qualquer comentário ou crítica que me façam, se alguém utilizar o argumento que as crianças hoje são mimadas, que devem ser punidas com castigos físicos, que uma palmada certa na hora certa não faz mal a ninguém, que no seu tempo também apanharam muito e só lhes fez bem. ler artigo

  • A maior mentira das histórias de amor: “Quero alguém que seja honesto e que se sinta livre para dizer o que pensa!”

    A maior mentira das histórias de amor: “Quero alguém que seja honesto e que se sinta livre para dizer o que pensa!”

    Inicio este texto com aquilo que tem sido uma dimensão de grande complexidade para o meu entendimento, mesmo quando chego a ficar perplexo pela simplicidade da questão que aqui trago hoje à discussão: afinal de contas, queremos lidar com pessoas emocional e psicologicamente honestas, ou essa é uma mentira que vamos de forma, mais ou menos descarada defendendo que é o que queremos, mas depois, quando encontramos alguém que nos trata assim, com honestidade psicológica e emocional, de forma cândida e tranquila, o que fazemos? A maioria foge! Aquilo para o qual aqui chamo a atenção é a expressão da honestidade emocional e psicológica. Não se trata de verdade absoluta, mas sim de honestidade. ler artigo

  • O papel do professor no desenvolvimento de alunos psicologicamente livres!

    O papel do professor no desenvolvimento de alunos psicologicamente livres!

    Queria deixar aqui uma ode à democracia – um tributo à professora que mudou a minha vida… e continua a mudar, ainda, em Portugal. Gostaria de iniciar este memorando recordando algo que me marcou profundamente enquanto criança e aluno de uma escola pública no Rio de Janeiro (Brasil), na pobreza de um regime militarista ditatorial. Como rapazito que era, devia estar a cursar aquilo que aqui em Portugal seria equivalente ao 9º ano de escolaridade. Era um jovem reguila como qualquer rapaz da minha idade. Mas já naquela altura algo me dizia que o conhecimento, aquilo que aqui passarei a chamar Educação Formal, seria fundamental para me ajudar a sair da pobreza financeira, social e democrática em que nos encontrávamos. ler artigo

  • Utilizando comunicação assertiva como forma de amor

    Utilizando comunicação assertiva como forma de amor

    Uma das formas de melhorarmos a nossa qualidade relacional com os outros, e connosco próprios, é investindo num modelo de comunicação assertiva. O grande problema é que uma grande parte das pessoas, tenho notado, confunde o termo assertivo (ou assertividade) com a forma de impor e defender as suas ideias, de dizer o que se pensa de forma incisa e contundente (inequívoca). Algumas pessoas respondem me mesmo em contexto de consulta que ser assertivo é ser frontal! Ora, ocorre que conheço muitas pessoas frontais, que não são necessariamente assertivas, muito pelo contrário! Ser assertivo é utilizar como principal forma de comunicação a assertividade. ler artigo

  • Do direito a receber, uma vez que se dá!

    Do direito a receber, uma vez que se dá!

    Pode dizer se que nas relações humanas não deve existir um “deve e haver” no que diz respeito ao carinho e atenção que ambos os parceiros prestam um ao outro. Até há especialistas que referem que o segredo de uma relação feliz é o não estabelecer espectativas. Embora compreenda o que está por detrás deste pensamento, não posso concordar com tal. Julgo que cada um de nós deve estabelecer um mínimo e um médio aceitável para uma relação satisfatória, no sentido de se orientar e perceber se a relação que está a estabelecer está a cumprir os seus critérios de felicidade. Mas será que a maioria dos leitores quer estar numa relação onde nada é esperado e vai se vivendo ao sabor do vento e dos acontecimentos? ler artigo